Tuesday, April 28, 2009
sobre como o córtex de associação está igualmente activo em artistas e cientistas
"He who has once seen the intimate beauty of nature cannot tear himself away from it again. He must become either a poet or a naturalist. And if his eyes are good and his powers of observation sharp enough, he may well become both."
Konrad Lorenz
Monday, April 27, 2009
Friday, April 24, 2009
A liberdade evolui
Vários tipos de Dianthus caryophyllus
Ainda na onda das efemérides e livros. A propósito do 25 de Abril. Celebrar a liberdade, mas, mais que isso, compreendê-la.
Tal como o cravo tem a sua genealogia, também a liberdade é fruto de uma progressão. E é preciso evoluir mais. Um passo seria pôr o senhor Daniel Dennett nos currículos de Filosofia do ensino secundário.
Ainda na onda das efemérides e livros. A propósito do 25 de Abril. Celebrar a liberdade, mas, mais que isso, compreendê-la.
Tal como o cravo tem a sua genealogia, também a liberdade é fruto de uma progressão. E é preciso evoluir mais. Um passo seria pôr o senhor Daniel Dennett nos currículos de Filosofia do ensino secundário.
Thursday, April 23, 2009
Mais um dia para se falar de livros II
A outra sugestão que tenho é um livro que ando a ler.
Um bom cruzamento de filosofia e prosa poética. É pequenino e, por isso, particularmente cruel, por causa daquilo que já disse uns posts abaixo (é um livro que não quero terminar. Já se arrasta inexplicavelmente comigo há semanas. É só desfrutar.)
Depois, ou durante, uma acção - Viajar. Já.
(a viagem pode ser algo mais interior do que exterior, tal como Michel Onfray explica).
Um bom cruzamento de filosofia e prosa poética. É pequenino e, por isso, particularmente cruel, por causa daquilo que já disse uns posts abaixo (é um livro que não quero terminar. Já se arrasta inexplicavelmente comigo há semanas. É só desfrutar.)
Depois, ou durante, uma acção - Viajar. Já.
(a viagem pode ser algo mais interior do que exterior, tal como Michel Onfray explica).
Mais um dia para se falar de livros I
Primeira recomendação para o dia mundial do livro é um livro sobre os livros.
Há quem diga que "os livros ardem mal". Certamente não experimentaram chegar ao Farenheit 451.
Leitura obrigatória.
(Porquê dias mundiais e não dias universais? Temos medo de quê? É ter vista curta, porque daqui a uns 100 anos, quando houver gente bem instalada em Marte, também lá vão querer fazer ofertas especiais nas livrarias quando chegar este dia).
Tuesday, April 21, 2009
Síndrome de Hesíodo
Ilustração de Enki Bilal
Foi este o termo que senti necessidade de criar para a classificação de uma tendência de várias pessoas.
Hesíodo foi um poeta grego clássico, que descreveu as 5 idades do Homem, da idade do Ouro até à idade do Ferro. Desde que os homens viviam entre os deuses até uma existência na miséria e na mentira.
Sofre do Síndrome de Hesíodo todo aquele que acha que existe na História do Mundo uma progressiva deslocação para o mal, uma decadência contínua do Homem desde que ele existe. Que antes é que era bom. Que na Idade Média se vivia muito melhor, porque não havia pistolas.
O Síndrome de Hesíodo trata-se de um erro "perceptivo". Ele é o reflexo de amargura e rancor. Achar que todo o sofrimento se encontra contido no aqui e no agora é, no fundo, uma incapacidade de deslocar a consciência do Eu.
Foi este o termo que senti necessidade de criar para a classificação de uma tendência de várias pessoas.
Hesíodo foi um poeta grego clássico, que descreveu as 5 idades do Homem, da idade do Ouro até à idade do Ferro. Desde que os homens viviam entre os deuses até uma existência na miséria e na mentira.
Sofre do Síndrome de Hesíodo todo aquele que acha que existe na História do Mundo uma progressiva deslocação para o mal, uma decadência contínua do Homem desde que ele existe. Que antes é que era bom. Que na Idade Média se vivia muito melhor, porque não havia pistolas.
O Síndrome de Hesíodo trata-se de um erro "perceptivo". Ele é o reflexo de amargura e rancor. Achar que todo o sofrimento se encontra contido no aqui e no agora é, no fundo, uma incapacidade de deslocar a consciência do Eu.
Sunday, April 19, 2009
Saturday, April 18, 2009
Friday, April 17, 2009
Adenda ao post anterior
Ilustração de H. Mourato
Está metida entre o estrado da minha cama e o colchão a Poesia Toda do Herberto Helder. Num lugar que poderia ser a correspondência fisica daquilo a que se chama inconsciente.
Não sei se cheguei a ler mais que dez poemas.
Quando me sinto corajoso, avanço o braço e queimo mais um pouco daquela energia. É um livro que guardo, como se guarda um coração para não bater muito.
Está metida entre o estrado da minha cama e o colchão a Poesia Toda do Herberto Helder. Num lugar que poderia ser a correspondência fisica daquilo a que se chama inconsciente.
Não sei se cheguei a ler mais que dez poemas.
Quando me sinto corajoso, avanço o braço e queimo mais um pouco daquela energia. É um livro que guardo, como se guarda um coração para não bater muito.
Wednesday, April 15, 2009
Os livros infinitos
William Abramowicz
Um livro que queremos ler rapidamente é um livro do qual não gostamos de verdade. É um objecto que queremos usar, uma presa que ambicionamos devorar.
Há livros que não queremos ler por nos dizerem demasiado.
Como avançar nas páginas, rumo a um final impreterível que não queremos que chegue?Prolongo a leitura de livros lindíssimos, extensões da minha natureza. Arrastam-se pela secretária, cabeceira da cama, mochilas. Uma página no metro, outra à noite.
Um livro que queremos ler rapidamente é um livro do qual não gostamos de verdade. É um objecto que queremos usar, uma presa que ambicionamos devorar.
As nossas almas gémeas de papel deveriam prolongar-se em páginas até ao infinito para não sermos nós, leitores, os seus assassinos.
Monday, April 13, 2009
sonhos de uma inteligência artificial
Em 2005, uma empresa de robótica criou o robot mais desenvolvido do mundo. Fruto das investigações mais recentes, dos algoritmos mais complexos, uma inteligência artificial extraordinária surgiu. O robot era capaz de reconhecer pessoas e ter conversas com elas. Conseguia também discutir ao mínimo pormenor a obra de um famoso autor norte-americano - Phillip K. Dick. Porque o robô era uma incarnação electrónica desse escritor de ficção científica. O Dickbot, como ficou conhecido, o andróide de feições semelhantes a K. Dick, que falava como Dick falaria, que dizia o que Dick diria.
Fez furor por várias feiras internacionais de robótica.
Até que um dia, menos de um ano depois de ter sido criado, o andróide foi mais longe, tornando-se intrigantemente mais humano que nunca.
DickBot, o andróide encarnado pelo autor de "Do androids dream of electric sheep?" desapareceu a bordo de um avião, quando era levado pelo seu criador. David Hanson, ao trocar de vôo, inexplicavelmente não levou a cabeça de Phillip K. Dick consigo. E, até hoje, esta nunca mais apareceu.
Terá este ser de borracha e fibra óptica dado o passo último e definitivo para a humanidade?
Terá ele tido vontade?
Sunday, April 12, 2009
Friday, April 10, 2009
Onironautas
Thursday, April 9, 2009
A incluir nos currículos escolares - Efeito de Forer
"Psychologist Bertram R. Forer (1914-2000) found that people tend to accept vague and general personality descriptions as uniquely applicable to themselves without realizing that the same description could be applied to just about anyone."
Ler mais aqui.
ganhar lucidez, criticar, desalienar, perguntar.
Tuesday, April 7, 2009
Histórias
A História sao várias Histórias, nenhuma delas objectiva.
Acho muito importante que se altere o modo como a História é dada nas escolas. Alargar a quantidade de pontos de vista, relativizar, desfalocentrizar. Essas mudanças pedagógicas poderiam ter importantes consequências nas histórias do presente e do futuro.
Porque não dizer a um miúdo de 16 anos que qualquer ponto de vista tem um enviesamento inerente? Porque não dizer-lhe que deve ser crítico acerca da informação que recebe?
Sunday, April 5, 2009
Bandeira (psicotopografias)#
Friday, April 3, 2009
dinâmicas do desejo
Yuko Shimizu
Por vezes, nas horas de ponta, uma prostituta deambula à porta do metro. Aqui perto de casa.
O intenso tráfego de pessoas no ir e vir pelas escadas e pelas superfícies planas, contudo uma mulher só, de mini-saia, salto alto e casaco de cabedal vermelho, permanece expectante. Regressando do trabalho, haverá homens que a quererão agarrar. E ela sabe da oportunidade de negócio.
Compra a roupa nos melhores chineses da baixa e espera por pontas, à hora de ponta.
Por vezes, nas horas de ponta, uma prostituta deambula à porta do metro. Aqui perto de casa.
O intenso tráfego de pessoas no ir e vir pelas escadas e pelas superfícies planas, contudo uma mulher só, de mini-saia, salto alto e casaco de cabedal vermelho, permanece expectante. Regressando do trabalho, haverá homens que a quererão agarrar. E ela sabe da oportunidade de negócio.
Compra a roupa nos melhores chineses da baixa e espera por pontas, à hora de ponta.
Wednesday, April 1, 2009
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